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sexta-feira, 3 de junho de 2016

MATA SUL, P E - POLÍCIA ENCONTRA UM MILHÃO DE REAIS NA CASA DO PREFEITO DE CATENDE

Na manhã de ontem quinta-feira, 02, a Polícia Civil de Pernambuco deu cumprimento a vários mandados de prisão, ocorridos por conta da deflagração da Operação Tsunami, que investiga a atuação de uma organização criminosa especializada em subtrair recursos na prefeitura de Catende. Um dos alvos da investigação, o prefeito, Otacílio Cordeiro, que foi preso, guardava dentro da própria residência uma grande quantidade de dinheiro em espécie. O numerário estava escondido dentro de uma mala preta, porém os agentes públicos ficaram surpresos com o montante: R$ 1 milhão.

Segundo um especialista em crimes contra o patrimônio público, que, por estar na operação, não quis se identificar antes da coletiva oficial à imprensa, o valor por si só, já fornece indícios claros de lavagem de dinheiro. Ele alega que “é mais do que suspeito alguém reter dentro de casa um volume de recursos em espécie tão elevado. Como o dinheiro não poderia ser depositado em conta corrente, pela origem é criminosa, certamente foi ocultado, o que é bastante comum quando se desviam recursos públicos”.
Os detalhes sobre todo o caso serão apresentados em entrevista coletiva foi marcada para a manhã dessa sexta-feira (03/06) na sede operacional da Polícia Civil de Pernambuco.

MINISTÉRIO PUBLICO DIVULGA NOTA OFICIAL A RESPEITO DA PRISÃO DO PREFEITO DE CATENDE

A respeito da Operação "Tsunami", deflagrada nesta quinta-feira (02), que prendeu 11 pessoas ligadas à atual gestão da Prefeitura de Catende, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público de Contas (MPCO) têm a informar que, dentro de suas atribuições institucionais, já comunicaram aos órgãos do Ministério Público competentes reiteradas irregularidades observadas quanto ao referido gestor.

Tendo o prefeito assumido o primeiro mandato em janeiro de 2009, o TCE rejeitou as contas do gestor nos anos de 2009, 2010, 2011 e 2012, ou seja, em todos os anos do primeiro mandato. As contas do segundo mandato, estão em análise pelos órgãos técnicos do TCE, mas já houve rejeição da gestão fiscal do primeiro ano do segundo mandato, em 2013, estando em instrução as contas dos demais exercícios.

Importante registrar que, em cinco representações distintas, TCE e o MPCO comunicaram aos órgãos do Ministério Público vários indícios de crimes, inclusive de natureza fiscal, para adoção das providências necessárias pelo titular da ação penal.

Em março de 2015, foi comunicado ao Ministério Público a ocorrência de possível crime fiscal, sujeito a cassação de mandato, além de indícios de crime do art. 359 do Código Penal.
Também em março de 2015, foram comunicados indícios de crimes com lesão à previdência municipal em cerca de 5 milhões de reais.

Em junho de 2015, foram comunicados indícios de novos crimes fiscais, novamente sujeitos até a pena de cassação de mandato, além de indícios de crime de improbidade.

Também em junho de 2015, foram comunicados novos prejuízos à previdência municipal, no montante de 3,2 milhões de reais.

Em fevereiro de 2016, houve nova comunicação de violação da Lei de Crimes Fiscais, com indícios de improbidade administrativa.

Desta forma, o TCE e o MPCO têm exercido regularmente suas competências, estando à disposição dos demais órgãos de investigação para colaborar em relação aos fatos.

(Diretoria de Comunicação do TCE-PE, 02/06/2016)

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