
Segundo a polícia, um dos líderes da quadrilha é dono de um cursinho no bairro do Ibura. Fábio Correia de Paiva, de 40 anos, contratava professores para realizar provas de vários concursos e passar o gabarito das questões através de um ponto eletrônico ligado a um equipamento de alta tecnologia com um microchip de celular. Cada educador recebia cerca de R$ 3 mil para realizar o certame.
Já os concurseiros precisavam desembolsar uma quantia inicial de R$ 2 mil para custear o equipamento, que era trazido de fora. A polícia não especificou de qual país o transmissor era comprado. Caso o candidato passasse no concurso, um empréstimo consignado de R$ 30 mil era feito para ser repassado ao líder da quadrilha.
Investigação
As investigações da operação "Ponto Eletrônico" duraram um mês e ocorreram em parceria com os serviços de inteligência da Polícia Civil e Militar. No dia do concurso da PM, os líderes foram autuados durante a realização do certame, impossibilitando o repasse das informações para candidatos que pagaram pelo esquema, explicou a polícia. Beneficiários também foram presos nos locais de prova.
A polícia garantiu que a abordagem aos participantes do esquema garantiu que o gabarito das provas não vazasse. Para o secretário-executivo da Secretaria de Defesa Social (SDS), Alexandre Lucena, não há indícios para o cancelamento do concurso e que, caso isso acontecesse, "seria injusto para quem se dedicou a ele". Sobre o número de professores envolvidos, a polícia não especificou argumentando que as investigações continuam em andamento. O caso ficará com o delegado João Gustavo Godoy, da Delegacia do Cordeiro.
Folha PE
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