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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Padre é condenado há 2 anos em regime semiaberto por pedofilia em Cabrobó




O padre Evandro Bezerra dos Santos, de 42 anos, foi condenado a dois anos em regime semiaberto por exploração sexual de adolescentes na cidade de Cabrobó , no Sertão de Pernambuco, em troca de presentes, nos anos de 2009 e 2010.  

O promotor de Justiça de Cabrobó, Julio Cesár Cavalcanti Elihimas, conta que a punição pode ser suspensa e substituída por quatro anos de liberdade vigiada, com uma série de condições a serem cumpridas pelo acusado como não se aproximar de crianças, creches e orfanatos.

Elihimas defende que a pena foi ‘quase um prêmio ao acusado’. “Não fiquei satisfeito com a decisão, achei que a pena foi muito baixa. Estou recorrendo para tentar aumentar a pena dele”, afirma o promotor. O processo corre em segredo de Justiça no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE).

As investigações da polícia datam de 2008, após denúncias do Conselho Tutelar. O acusado está respondendo ao processo em liberdade, em uma comunidade terapêutica na cidade de Barretos , em São Paulo, por recomendação da Igreja Católica. 

O padre já havia sido preso em agosto do ano passado, na cidade de Floresta , também no Sertão, para onde havia sido transferido pela Igreja Católica, após as denúncias em Cabrobó

Na ocasião, ele ficou preso por pouco mais de um mês e recebeu liberdade provisória, concedida pelo TJ-PE. “O juiz de Cabrobó, onde estão sendo realizadas as investigações relativas aos abusos sexuais, negou a liberdade provisória dele. Evandro, no entanto, entrou com um pedido de habeas corpus no TJ, que concedeu liberdade até o fim do inquérito”, afirma Julio César. O promotor não soube informar se já há datas marcadas para o julgamento do recurso.

Igreja Católica suspendeu o direito de Everaldo de exercer sua função de padre há aproximadamente um ano, antes mesmo de ele ser preso e processado. De acordo com o padre Félix Tenero, da Diocese de Floresta, o único autorizado a falar sobre o caso, o acusado se mostra tranquilo na comunidade terapêutica de Barretos. “Nós o enviamos a essa comunidade terapêutica e ele responde muito bem a tudo. 

Lá, ele está sendo acompanhado, ajudado e enfrentando a situação que está vivendo. Quando o vi, seu rosto tinha uma certa serenidade”, detalha o padre Félix. Agora, a Diocese de Floresta está aguardando um posicionamento oficial e um encaminhamento do caso por parte do Vaticano.

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