
“A maioria acaba voltando depois, porque me informam da situação, eu emito um mandado e um parecer de regressão de pena. Normalmente, o mandado nem chega a ser cumprido porque, geralmente, ele [preso] é preso em flagrante bebendo em um bar ou no meio da rua fazendo algo. Essa pessoa não tem o perfil de alguém que planeja”, diz o promotor.
De acordo com Ugiette, o baixo número de fugas segue o esperado. Anualmente, segundo ele, cerca de 5% a 8% não retornam após o período. “São liberados os presos com menor potencial ofensivo. Aquela pessoa que teve um episódio de tentativa de estupro, um cara que se apropriou do dinheiro da empresa”, explica.
Para ele, esses detentos são autorizados a sair das unidades por apresentar uma característica de não incidir nos crimes. “Eles querem é cumprir a pena e sair. Diferente do cara que se envolve com tráfico e roubo. Esse sim tem uma tendência maior de voltar a praticar o crime”, pontua.
Sobre a polêmica que gira entorno de liberar esses presos, o promotor acredita que o problema não está em soltar e sim em não oferecer condições para se melhorarem durante o tempo que estiverem em cárcere privado.
“O estado não prepara o sujeito para sair em hora alguma. São homens ociosos e drogados, sem preparação do estado. A saída temporária é café pequeno porque um dia ele vai sair em definitivo”.
G1 PE.
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