
Os dados também mostram que, desde 2003, este foi o segundo pior fevereiro de Pernambuco, perdendo apenas para 2005, quando foram fechadas 18.932 vagas de trabalho. O número é calculado a partir da subtração entre as 27.739 admissões e os 44.081 desligamentos registrados ao longo do mês. No mês anterior, o foram fechadas 13.910 vagas formais, pior da série histórica de janeiro, iniciada em 2003.
No estado, a maior redução de vagas ocorreu no setor da Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, que teve 11.500 vagas a menos. Em segundo lugar vem o comércio varejista, com 1.848 postos de trabalho fechados em fevereiro.
Para o secretário estadual da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença, a queda já era esperada. “Se você pegar o mapa geral do Brasil vai perceber, justamente, que o corte acontece em Pernambuco e Alagoas, onde há usinas de cana-de-açúçar. Essa queda segue o ciclo da safra, é uma sazonalidade e quando o corte da cana se encerra essas pessoas [trabalhadores] não têm para onde ir”, comenta.
Os números do emprego divulgados nesta quinta (16) têm como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A criação das 35.612 vagas de emprego no país é resultado de 1.250.831 admissões e de 1.215.219 demissões em fevereiro. No acumulado do primeiro bimestre de 2017, porém, o Brasil registra fechamento de 5.475 postos de trabalho.
O Recife, segundo a pesquisa, continua no posto de terceira capital brasileira com o pior saldo entre contratações e demissões do país, com 3.161 vagas a menos em fevereiro de 2017. A capital pernambucana perde apenas para o Rio de Janeiro, que teve saldo negativo de 7.179 vagas no mesmo período, e para Salvador, que teve encolhimento de 3.179 vagas no último mês.
G1 PE
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