Candidato à Presidência estava em avião que caiu em Santos na manhã desta quarta-feira
Campos estava em avião que ia para Guarulhos e caiu em SantosFabio Rodrigues Pozzebom/23/nov/2010/Agência Brasil
Morreu na manhã desta quarta-feira (13) o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, aos 49 anos. A informação foi confirmada aoR7 pelo deputado federal Walter Feldman (PSB-SP).
Candidato à Presidência pelo PSB, Campos ia de avião do Rio de janeiro para o Guarujá, em São Paulo, onde teria agenda pública de campanha. O jato Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, em que ele viajava, caiu na cidade de Santos por volta das 10h desta quarta-feira.
O avião que caiu decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos. Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo, segundo a FAB. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.
Campos foi governador de Pernambuco por dois mandatos consecutivos, de 2007 a 2014, e se licenciou do cargo neste ano para concorrer à Presidência da República. Antes de se eleger governador, Campos foi deputado por três mandatos consecutivos. Em 2005, o político pernambucano se tornou ministro da Ciência e Tecnologia do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quem foi Eduardo Campos:
Eduardo Campos nasceu em 1965, neto de um grande nome da política nacional, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Iniciou a vida política ainda na década de 1980, ao lado do avô. Foi candidato a prefeito de Recife, já foi deputado Federal e ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro mandato do presidente Lula. O acidente que vitimou Campos aconteceu no mesmo dia da morte do avô, Miguel Arraes: 13 de agosto de 2005.
Em 2006 se lançou como candidato ao Governo de Pernambuco, numa campanha em que aparecia nas primeiras pesquisas em posições pouco favoráveis. Com o início da campanha foi ganhando espaço e desbancou Humberto Costa, candidato do PT, à época e chegou ao segundo turno, quando disputou e saiu vitorioso na disputa com Mendonça Filho (DEM).
Eleito para um segundo mandato em 2010, o governador apresentou a maior eleição na história da democracia brasileira: mais de 80% dos votos válidos para governador em Pernambuco foram para Campos.
O socialista, presidente do PSB, deixou cargo de governador no início de 2014 para se dedicar à campanha presidencial, entrando em embate direto com o PT, que começou ainda no pleito municipal de 2012, quando o partido socialista decidiu lançar candidato próprio para Prefeitura de Recife. Em novembro de 2013, o PSB resolveu entregar todos os cargos que ocupava no governo federal, deixando de vez a base governista.
Recentemente, Eduardo Campos desferia várias críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), porém sempre se mantendo com reservas ao falar do ex-presidente Lula, um de seus padrinhos políticos.
Campos se lançou candidato a presidente numa chapa com a ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva (PSB/REDE), terceira colocada na eleição presidencial de 2010, quando conquistou 20 milhões de voto.
Marina foi impedida de criar sua própria legenda por falta de assinaturas. A chapa de Campos e Marina aparece nas pesquisas de intenções de voto na terceira colocação.
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