Prefeitos abrem as contas para expor dificuldades
No Dia Nacional de Luta em Defesa dos Municípios, prefeitos de quatro municípios foram à tribuna da Assembleia Legislativa (Alepe) para expor a situação financeira de suas administrações, agravadas pela sequência de queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prefeito de Chã Grande, Daniel Alves (PP), desabafou sobre as dificuldades que tem enfrentado para não ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Em 2012, nossa receita líquida foi de R$ 23 milhões, mas só a despesa com pessoal chegou à casa dos R$ 12 milhões. Não temos com suportar isso e terminamos sendo levados a praticar improbidade, pois o Importo de Renda (IR) que será abatido agora sai dos cofres das prefeituras”, reclamou Alves, afirmando ainda, que em julho a situação estará “insuportável”.
Na última Marcha dos Prefeitos, realizada em Brasília no ano passado, os chefes do executivo municipal receberam, como uma espécie de compensação da presidente Dilma Rousseff (PT) máquinas agrícolas, mas segundo Daniel Alves elas terminam dando prejuízos. “Minha despesa com combustível aumentou em R$ 30 mil, fora a contratação de motoristas capacitados. Não recebemos nenhuma ajuda para manutenção das máquinas”, declarou o progressista.
O prefeito de Xexéu, Eudo Magalhães (PSB), relatou que vários prefeitos foram enganados ao irem até Petrolina receber esse maquinário, mas chegando lá tiveram a notícia de que não tinham nada para ser entregue. “Foi tudo uma embromação, uma mentira. Tiraram do FPM para nos dar esse presente. Dilma tem sido um obstáculo, uma espinha em nossa garganta”, disparou Magalhães. Por Mirella Araújo da Folha de Pernambuco
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