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sexta-feira, 1 de julho de 2016

POLÍCIA INVESTIGA DENÚNCIA DE ESTUPRO COLETIVO EM OLINDA

Uma denúncia de estupro coletivo está sendo apurada pela Delegacia da Mulher de Santo Amaro. As investigações preliminares apontam que a vítima, uma vendedora de 25 anos, foi violentada por pelo menos três vizinhos durante uma festa de São João no bairro de Passarinho, em Olinda.

De acordo com a delegada Ana Elisa Sobreira, responsável pelo caso, os três suspeitos de participação no crime foram identificados. “Ela contou que estava bebendo com eles e com a companheira delas na frente da casa. As duas foram embora, mas ela resolveu voltar para continuar bebendo. A partir disso chega uma hora que ela não lembra de mais nada. Fica desacordada”, destacou a policial.

Segundo Ana Elisa, um quarto homem que também bebia com o grupo não aceitou participar do estupro e foi até a casa da vendedora chamar a companheira dela. “Quando ela chegou a vítima estava desacordada e sem roupa em cima da cama”, disse.

Quando recobrou a consciência a mulher já estava em um táxi sendo levada para o hospital pelo pai e a companheira. “No hospital ela tomou o coquetel anti-Aids e foi feito o procedimento padrão para vítimas de estupro”, destacou a delegada.

A vendedora foi submetida a exame toxicológico e sexológico no Instituto de Medicina Legal (IML). O resultado, no entanto, deve levar cerca de 30 dias para ser enviado para a polícia. A delegada irá verificar ainda se a vendedora foi vítima de estupro corretivo (prática criminosa motivada pela opção sexual da vítima). “Ela estava apagada e não lembra se eles quiseram fazer estupro corretivo. Até agora apenas ela foi ouvida. Mas intimei mais seis pessoas. Acho que na próxima semana o caso já terá sido esclarecido”, ressaltou Ana Elisa Sobreira.

Crime

Atualmente, o crime de estupro praticado por uma pessoa tem pena prevista de 6 a 10 anos de prisão. Em junho deste ano o senado aprovou a proposta de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que prevê que a pena para o estupro praticado por duas ou mais pessoas poderá ser aumentada de um a dois terços. Além disso, uma emenda da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), relatora da matéria, transforma em crime, com reclusão de dois a cinco anos, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, inclusive sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro. O texto seguiu para apreciação da Câmara dos Deputados.

Folha de PE

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