De acordo com o processo, os policiais recebiam propinas para que os caminhões trafegassem pelas rodovias sem qualquer fiscalização. Os condenados atuavam em postos de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, e de Gravatá, no Agreste do estado, vinculados à Delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Moreno. A prática criminosa foi descoberta em 2010 e resultou na deflagração da Operação Boa Viagem, que investigou o envolvimento de policiais rodoviários federais em Pernambuco e motoristas, bem como de funcionários e donos de empresas de transporte.
Penas - Os policiais Dagoberto Fernandes de Araújo, Alonso Domingos Filho, João do Carmo Mendes Pereira, Geraldo Fabian Vidal Maciel e Adelmo Magalhães de Farias foram condenados a 12 anos e nove meses de prisão, e Marcos José da Silva a oito anos e 11 meses de reclusão, pelo crime de corrupção passiva.
Também foram condenados os policiais José Abraão Pereira dos Reis e José Araão Pereira dos Reis, por corrupção passiva e advocacia administrativa qualificada (patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário). As penas aplicadas a eles foram, respectivamente, de sete anos e oito meses de prisão e de nove anos e dois meses de reclusão. A Justiça também decretou a perda do cargo exercido pelos policiais envolvidos no esquema, além de determinar o pagamento de multa.
Foram condenados ainda, a sete anos e dois meses de reclusão, os prestadores de serviço Udimilson de Viana, José de Oliveira e Antônio Severino Rodrigues, além do sócio de uma das empresas do grupo econômico Usina Bulhões Carlos Eduardo Beltrão, por corrupção passiva. O motorista Manoel Toscano de Medeiros e o sócio da empresa Vitória das Pedras, Leonildo de Almeida, foram condenados a sete anos e dois meses de prisão, por corrupção ativa. A Justiça aplicou a pena de quatro anos e quatro meses de reclusão aos proprietários de caminhões João Batista da Silva e Lindon Johnson Dutra, também por corrupção ativa.
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