terça-feira, 15 de outubro de 2013

Corpo de promotor executado em Itaíba é enterrado no Cemitério Morada da Paz

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Após quase seis horas de velório, foi enterrado no começo da noite desta terça (15) o corpo do promotor de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Thiago Faria Soares, 36 anos, executado a tiros nessa segunda (14). Dezenas de pessoas - entre amigos, familiares, colegas de trabalho e alunos do promotor - acompanharam o sepultamento no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.

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Noiva do promotor foi consolada pelos tios dele durante velório e enterro
Apesar de estar visivelmente abalada, a noiva do promotor, Mysheva Freire Ferrão Martins, acompanhou de perto a cerimônia e foi amparada pelos tios de Thiago Faria, que vieram do Rio de Janeiro, onde o promotor nasceu, para o sepultamento. "Thiago foi um homem, Thiago honrou a profissão dele e tomou conta de mim. Eu queria ter ido com ele", desabafou. Mysheva e um tio dela, Adauto Elias Martins, estavam no carro dirigido pela vítima na PE-300, entre os municípios de Águas Belas e Itaíba, no Sertão do Estado, quando outro veículo se aproximou e desferiu quatro tiros de espingarda calibre 12 no promotor. Os dois conseguiram escapar dos criminosos. 

O enterro, conduzido pelo padre José Severino de Arruda, também foi acompanhado pelo procurador-geral do Estado, Aguinaldo Fenelon, e diversos promotores de Justiça do MPPE. Nenhuma nova informação sobre as investigações foi divulgada pelo procurador.

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INVESTIGAÇÕES - A Polícia Civil de Pernambuco já identificou o principal suspeito do crime. Segundo o chefe da Polícia Civil, Oswaldo Moraes, o fazendeiro José Maria de Paula é apontado pelas investigações como o mandante do crime. Já há um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça contra o suspeito. 

De acordo com o governador Eduardo Campos, que falou sobre o caso hoje pela manhã ao Blog de Jamildo nos bastidores da Conferência Mundial da Associação Internacional de Parques Científicos e Áreas de Inovação (IASP), o crime estaria relacionado à atividade pessoal do promotor. Segundo o governador, o assassinato teria sido motivado por problemas relacionados à propriedade de uma terra.

Uma matéria do Jornal do Commercio desta terça aponta como uma das hipóteses para o crime o envolvimento de Thiago em uma reintegração de posse na região que teria favorecido a família da noiva. Pela atitude, que teria desagradado aos posseiros, ele teria sido advertido pela Corregedoria Geral do MP, que temeria pela segurança do promotor. Já teria sido, inclusive, anunciada a transferência de Thiago Faria para atuar em outra cidade.

Ao todo, cerca de 50 policiais estão envolvidos no caso, além de três promotores federais. Delegados da Polícia Civil do Estado e representantes do Ministério Público de Pernambuco participaram de uma reunião a portas fechadas na delegacia de Itaíba, no Agreste do Estado. Entre os presentes, estão o delegado regional de Arcoverde, Rômulo César, o delegado de Itaíba, Antônio Júnior, o delegado e diretor da Polícia Civil do Sertão, Glaucos Menk e o delegado Joselito Amaral, diretor das Delegacias Especializadas de Pernambuco. Também participa o promotor Guilherme Castro, diretor do Grupo de Combate ao Crime Organizado do MPPE. Ainda não há previsão para o término da reunião. Nenhuma informação foi divulgada à imprensa.

Informações do NE10

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